Não Sei

Varrida pela ausência iminente dos meus sonhos
Encontro-me entre os rumos do silêncio perdido,
Não há risos, não há palavras,
Existe apenas o vazio do teu suspiro
A penumbra na tua pele se faz presente neste instante,
Te vejo entre a escuridão, como uma luz em meio ao céu
Perdi-me diante da minha ignorância,
Delirei durante o meu fracasso,
Não sei o que sinto ao certo,
Não sei se choro ou se me escondo dentre os travesseiros,
Sinceramente, já não sei mais o que escrever e nem
muito menos como me portar diante de tanta dor, de tanta tristeza.
Não sei... Não saberei...
Só sei que neste instante minha alma chora compulsivamente e
me faz suspirar o anseio desta ausência, deste silêncio que invade meu ser e me faz me afogar no que sou...

Nada

Derrotada, me encontro sentada na cama olhando para o chão, o silêncio se une a imensidão do meu fracasso
Sou apenas um vazio constante que transborda de vácuo, os sentimentos mais nulos que habitam em mim
Eis aqui a minha amargura, a minha dor. Elas dividem espaço no quarto com as lágrimas, que deslizam por minha face indo de encontro ao chão
Minha alma agora grita, pede socorro, não aguenta mais tanta ausência de sentimentos
Meu corpo já não reflete no espelho o resplendor da alegria antes existente
Meus cabelos escondem meus olhos do mundo
Minha ausência me perturba e me faz chorar ainda mais
Será que ainda há vida em mim?
Será que ainda serei capaz de seguir adiante e encontrar em uma esquina qualquer, algum sentimento que me sirva como estímulo de vida?
Realmente não sei.
Sou apenas a duvida, do ser, do estar e do querer.

Meu Vazio

Neste instante sinto-me um nada, talvez um ser sem nenhuma espécie de significância neste mundo tão cruel e repugnante.
Sento-me diante do espelho e o que vejo são apenas cacos ao chão. Destruídos pelo desencanto de tuas palavras.
Vejo o vazio tomando conta destas quatro paredes que me prendem e que por hora me protegem do mundo lá fora, mas que me trazem a quem do que sou.
Sou apenas uma alma errante que veio a este mundo tentar corrigir, meus despautérios do passado distante que outrora vivi. Mas hoje não passo de um nada! De um vácuo constante em meio a um monte de lágrimas que enxarcam minha alma e que me remetem ao único lugar ao qual sou temerosa, A Solidão.
Deito-me e a dor se faz presente, fazendo-me sentir um enorme aperto no peito que comprime minhas artérias, tirando seguidamente o ar dos meus pulmões.
Nada mais se faz nitido em meus olhos, perco-me diante da escuridão deste sentir que agora me toca profundamente e me faz escoar lágrimas em suma constância e em suma deprimência.
Sou o silêncio habitando meu corpo.
Sou apenas o sonho perdido no tempo que já não volta mais.
Não me vejo entre estas paredes.
Me perdi de mim.
Me perdi do mundo.
Apenas me perdi no momento em que te tirei a paz.
Kelly Rodrigues. Tecnologia do Blogger.